Tanto quanto não leio direito.
É que escrever não demanda esforço, mas espremo meus sentimentos para isso, e ultimamente tenho escolhido deixá-los guardados aqui dentro para não precisar encarar.
Não quero encarar meus medos e muito menos os meus sonhos.
Estou presa nesse colapso. O mundo está se afundando em todos os sentidos e eu estou indo junto com ele.
Uma coisa é certa; não temo a morte. Pois, se temesse, eu não estaria desperdiçando tantas palavras ao invés de imortalizá-las.
Faz tempo que não escrevo também porque tenho evitado viver.
Quando me entreguei à vida, me deixei levar. E agora tenho que dar muitos pontos nas feridas que ardem.
É como se eu estivesse colocando a casa em ordem para que a poesia volte a habitar.
A saudade me faz questionar, quando vou voltar?
(Eu sinto falta dessa época)
Meu toc fica extremamente grato por esse número tão bonito e correto.
Na verdade, eu não tenho toc, mas eu gosto de números pares. Gostaria de destacar isso. Finais em 0 são mais confortáveis também.
Eu nasci e fui criado na selva de pedra. Conheço cada linha de ônibus, cada ponto turístico e cada piadinha interna que você possa imaginar. Essa cidade é como uma fase de um jogo que eu já passei milhões de vezes.
Sérgio Silva, nome tão comum e monótono quanto eu. No auge dos meus 26 anos, não tão longe de Saturno, mas também não tão perto assim, vivo meus dias em busca de uma motivação. Ainda não me conheço tão bem quanto deveria.